quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Ali está a morte

Minha vida caminhava, por livre e espontânea vontade, em direção a um precipício.

Entendam que não se trata de suicídio. Jamais quis isso para mim, e jamais quererei. Mas eis que em alguns pontos de nossa trajetória, somos – vida e nós – entidades separadas e resistentes. Bem, minha vida tem-se mostrado teimosa e um tanto cabeça-dura, além de ignorante, arrisco dizer. Um pouco burrinha talvez...

E agora, vejam só!, a trouxa quer encerrar-se. Vá que ela nem minha opinião pediu. Um pouco de livre-arbítrio, tudo bem, eu realmente não me incomodo, precisamos desses momentos menos chegados para manter uma relação saudável. Tampouco devemos apelar para os ciúmes. Mas MORTE? Ora essa, sua ingrata, isso já é demais! Não trate temas assim tão levianamente! A morte está longe de ser algo individual, desprendida de tempo, espaço e sociedade, quem dirá desprendida do próprio ser. Vou processá-la por tamanha audácia, e ai de você se quiser mesmo matar-me assim, ai de você se crê que está isenta de culpa, ai de você se acha que não sentirei sua falta...

Minha vida toma rumos inesperados
Talvez por amor
Talvez por medo
Talvez apenas protegendo a felicidade que eu conquistei.
Se vai pular ou não, não sei.

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